quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

IstoÉ confirma versão bíblica da morte de Cristo

[Daniel Lüdtke]

A revista IstoÉ dessa semana comprova a veracidade do relato bíblico da morte de Jesus. A matéria de capa se baseia nas pesquisas do médico legista americano Frederick Zugibe, “um dos mais conceituados peritos criminais em todo o mundo e professor da Universidade de Columbia” – como destacou o periódico. Zugibe é autor do livro A crucificação de Jes
us – as conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal, lançado recentemente no Brasil.

Na introdução da matéria, a autora, Natália Rangel, garante que os estudos sobre a morte de Cristo sempre pendem entre dois extremos: ateísmo ou conclusões preconcebidas e redundantes. Daí, a importância do trabalho de Zugibe. “Ele dissecou a morte de Jesus com a objetividade científica da medicina, o que lhe assegurou a imparcialidade do estudo”, informou Natália.

Suando gotas de sangue

Zugipe analisou cada passo do sofrimento de Cristo. Segundo o relato bíblico, no Jardim das Oliveira Jesus sua gotas de sangue. “A descrição (feita pelo apóstolo Lucas, que era médico) condiz, segundo o legista, com o fenômeno da hematidrose, raro na literatura médica, mas que pode ocorrer em indivíduos que estão sob forte stress mental, medo e sensação de pânico. As veias das glândulas sudoríparas se comprimem e depois se rompem, e o sangue mistura-se então ao suor que é expelido pelo corpo”, confirma a matéria.

Açoites

Para compreender os efeitos dos açoites sobre Jesus, Zugibe estudou as espécies de chicote usadas na época. “Em geral, eles tinham três tiras e cada uma possuía na ponta pedaços de ossos de carneiro ou outros objetos pontiagudos”, assevera o legista. Assim, sabendo-se que Cristo recebeu 39 chibatadas, elas equivaleriam a 117 golpes, devido às três pontas do instrumento de tortura. “As conseqüências médicas de uma surra tão violenta são hemorragias, acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. A vítima também sofre tremores e desmaios”, propôs Zugibe. “A vítima era reduzida a uma massa de carne, exaurida e destroçada, ansiando por água”, completou o médico.

Coroa de espinhos

O legista americano percorreu museus de Londres, Roma e Jerusalém, para saber qual a planta da qual teria sido confeccionada a coroa de espinhos usada por Cristo. Ele chegou a plantar em sua casa o espinheiro-de-cristo sírio, arbusto comum no Oriente Médio e que tem espinhos capazes de perfurar a pele do couro cabeludo. “Os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores lancinantes quando são irritados. A medicina explica: é o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás. As dores do trigêmeo são descritas como as mais difíceis de suportar – e há casos nos quais nem a morfina consegue amenizá-las”, atestou Zugibe.

Sofrimento emocional

Zugibe ainda analisou o sofrimento físico causado pelos pregos de 12,5 centímetros de cumprimento. Testou empiricamente os fortes impactos físicos de Cristo na cruz, simulando a crucifixão com voluntário assistidos por equipamento médicos. O legista, todavia, saliente um sofrimento pouco lembrado: o tormento mental. “Ele foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força física até a exaustão total”, declara Zugibe.

Conclusão da pesquisa

Diante das análises, o legista descarta as possibilidades de Jesus ter morrido antes de ser suspenso na cruz, infato ou asfixia. “Jesus morreu de parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluidos corpóreos (choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos castigos físicos a ele infligidos”, conclui Zugibe.

Ciência + Fé

Quando questionado sobre sua fé, Zugibe, como cristão, garantiu que suas pesquisas e estudos aumentaram sua confiança em Deus e na Bíblia. “Depois de realizar os meus experimentos, eu fui às escrituras. É espantosa a precisão das informações”, alega ele. As afirmações do legista apontam para a compatibilidade entre a fé e a religião, a Bíblia e a ciência. “Em nenhum momento meu livro contradiz as escrituras. Os meus estudos só reforçaram a minha fé em Deus”, finaliza Zugibe.

Leia a matéria em: http://www.terra.com.br/istoe/

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