segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Universitários evangélicos X Evolucionismo: Quem está em crise?

[Daniel Lüdtke]

Após o título “Pesquisa mostra dilemas de biólogos evangélicos”, o Estadão destacou logo abaixo: Cientista da UFF mostra que eles querem ser professores de Ciências, mas 70% desconfiam da Teoria da Evolução.

A reportagem publicada em 2 de novembro apresenta os evangélicos, pelo fato de acreditarem em Deus, como leigos, problemáticos e uma ameaça ao ensino científico no país. Veja a introdução da matéria:

Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF) mostra os conflitos
vividos por estudantes evangélicos que querem se tornar professores de ciências.
A maioria deles duvida da veracidade da teoria da evolução, de Charles Darwin, mas garante que não vai ensinar nas escolas que Deus criou o homem e o mundo.
O texto acima fala da “veracidade da teoria da evolução” e no parágrafo seguinte afirma categoricamente que a evolução “para a ciência é verdade absoluta”. Será que essa informação foi tendenciosa? É só olhar os fatos.

Se a informação fosse: “A evolução é a teoria mais aceita entre os cientistas”, não haveria problema. Mas quando alguém ousa escreve que algo é a verdade absoluta, ele realmente tem que ter certezas palpáveis, respostas cem por cento empíricas. Não se pode dizer isso quanto à teoria da evolução.

Veja abaixo, por exemplo, uma lista* de obras científicas publicadas por evolucionistas que veem a evolução como uma teoria em crise – longe de ser a verdade absoluta e unânime que propõe mídia tradicional.

1. Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution [A caixa Preta de Dawrin: O Desafio da Bioquímica à Evolução] - Michael Behe.

Esse bioquímico da Universidade de Lehigh, que não é criacionista – certamente não na interpretação tradicional do termo “criacionista” -, oferece muitos exemplos do que ele chama “complexidade irredutível” os quais, segundo ele, não poderia ter-se desenvolvido por um processo casual.

2. Life Itself: Its Origin and Nature [A vida em si: sua origem e natureza] – Francis Crick.

Este laureado com o Nobel assinala que os problemas relativos à origem da ida na Terra são tão grandes eu ela vede ter-se originado noutra parte do Universo e então sido transferida para cá.

3. Evolution: Theory in crisis [Evolução: uma teoria em crise] – Michael Denton.

Este microbiologista descarta levianamente a criação como mito, porém declara: “Em última análise a teoria darwiniana da evolução não passa do grande mito cosmogênico do século vinte”.

4. The Neck og the Giraffe: Where Darwin Wente Wrong [O pescoço da Girafa: Onde Darwin saiu dos trilhos] – Francis Hitching.

Hitching indica em seu livro problemas sérios para a evolução.

5. Beyond Neo-Darwinism [Além do Neodarwinismo] – Mae-Wan Ho e Peter Saunders.

Esses dois acadêmicos da Inglaterra, que são evolucionistas, assinalam que “todos os sinais são de que a teoria da evolução enfrente uma crise, e que uma mudança está a caminho”.

6. Darwinism: The Refutation of a Mith [Darwinismo: A refutação de um mito] – Søren Løvtrup.

Esse embriologista da Suécia, que crê em alguma forma de evolução por etapas maiores, declara: “Creio que um dia o mito darwiniano será considerado o maior engano na história da ciência. Quando isso ocorrer, muitas pessoas levantarão a pergunta: Como pôde ter acontecido isto?”

7. Problems of Evolution [Problemas da evolução] – Mark Ridley.

Este evolucionista da universidade de Oxford suscita várias indagações a respeito da evolução, algumas das quais ele considera de menor importância, enquanto outras (por exemplo, como ocorrem as grandes mudanças evolutivas) são definitivamente
problemáticas).

8. Origins: A Skeptic’s Guide to the Creation of Life on Earth [Manual do cético para a criação da vida] – Ribert Shapiro.

Este destacado químico da Universidade de Nova York suscita muitas
perguntas a respeito da evolução. Ele afirma sua fé na ciência e espera que esta
seja capaz de formular um modelo plausível.

9. The Great Evolution Mistery [O grande mistério da evolução] – Gordon Rattray Taylor.

Este erudito escritor britânico sobre ciências afirma a sua crença na
evolução, mas, com referência a um mecanismo possível para a evolução, afirma:
“Em resumo, o dogma que tem dominado a maior parte do pensamento biológico por
mais de um século está entrando em colapso.

* FONTE: Origens – Ariel A. Roth, pág. 135-6.

Enquanto muitos dos próprios evolucionistas “desconfiam” da teoria da evolução, universitários são tratados com desprezo por não concordarem com a mesma.

Criacionistas são ignorantes?

Na reportagem, mais uma vez é sustentado o paradigma de que os criacionistas são acéfalos, ignorantes, sem ciência. A única defesa do argumento criacionista por parte dos universitários no texto é o seguinte: “Minha avó não é macaca. Então foi Deus quem criou o homem”. Será que a pesquisa da UFF não contou com a colaboração de nenhum universitário evangélico embasado, com argumentos científicos? Ou será que essa resposta da “avó que não é macaca” foi escolhida a dedo para manter o estigma da ignorância criacionista?

E se é “proibido” existir um aluno universitário antievolucionista, o que dizer de um professor? Sim, um professor universitário! Também é proibido?

Um exemplo de destaque no Brasil é o pós-doutor e professor da Unicamp Marcos N. Eberlin, um dos maiores cientistas brasileiros. Em seu recém-lançado livro online http://www.fomosplanejados.com.br/, ele aponta evidências científicas de planejamento em todo o universo – e não mera evolução desordenada e desproposital.

Nota-se, assim, que a verdade factual e inegável da evolução proposta pela mídia nada mais é que arrogância. Existe um outro lado. Um outro lado mais inteligente do que se possa imaginar.

Seriado americano exibe sexo a três

[Daniel Lüdtke]

Apesar de protestos, o seriado “Gossip Girl” exibiu em 9 de novembro o polêmico episódio com cena de sexo a três. Foi assim: no chão, bebendo e folheando um jornal da faculdade, Olivia, Dan e Vanessa leem uma matéria sobre coisas que todos os universitários devem fazer durante seus anos de estudo. Percebem, então, que o único item que na fizeram da lista foi sexo a três. Dan beija Olívia. Olívia beija Vanessa. Dan beija Vanessa. E por aí começa...

O anúncio da terceira temporada estampava a fotos de uma mulher sendo beijada por outras duas pessoas (um homem e outro indivíduo do qual se vê apenas o queixo, não sendo possível identificar o sexo). Com a divulgação, emergiram contestações que levaram a Parents Television Council, organização que monitora conteúdos da TV norte-americana, solicitar a suspensão da cena.

"Vocês serão cúmplices em estabelecer um precedente e expectativas de que os adolescentes devem adotar comportamentos associados a filmes adultos?”, inquiriu Tim Winter, presidente da organização, em carta à CW, TV que exibe “Gossip Girl”. Segundo, Winter, o enredo do seriado é “expressamente direcionado a jovens impressionáveis”, o que os levaria a copiar a vida desregrada dos personagens. Ele também afirmou que a possível exibição do capítulo intitulado “Sexo a três” era considerada “temerária” e “irresponsável” por parte dos pais americanos. Mas quando a mídia impõe, quem pode impedir?

A CW defendeu-se dizendo apenas que o público-alvo do seriado é de 18 a 34 anos, com média da audiência em 27 anos – e ponto final. Ah, e depois desse ponto final começou um outro capítulo – aquele chamado “Sexo a três”.

Em blogs e sites foi dito que a atitude da Parents Television Council era uma clara manifestação ditatorial. Mas será que essa não seria a atitude da CW? Não seria a insistente obstinação em promover a perversão sexual e incentivo a prostituição, apresentando-as como “coisas que todos têm que fazer”, a verdadeira ditadura? E no fim da história, não é sempre o ditador que vence?

Essa é mais uma prova cabal da era em que vivemos: Idade Mídia.


No site oficial da Parentes Television Council, algumas contestações gerais ao seriado incluem tratar o sexo como “ferramenta utilizada para manipular as pessoas” e mostrar que, apesar desse tipo de sexo banal e barato, os personagens “não sofrem consequências físicas ou psicológicas”. “As consequências reais são inexistentes neste mundo de fantasia”, aponta a entidade.

Mas é claro, essas contestações nunca serão ouvidas. Ditadores nunca ouvem.